O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central se reúne nesta quarta-feira (19) e deve anunciar um aumento de um ponto percentual na taxa Selic, levando-a para 14,25% ao ano. Se confirmado o quinto reajuste seguido para cima, será o maior nível dos juros básicos da economia brasileira desde outubro de 2016. A possível decisão acompanha um cenário de inflação persistente e atividade econômica em desaceleração. O Banco Central tem adotado uma abordagem “data dependent”, ou seja, ajustando sua política monetária conforme os indicadores econômicos. A meta de inflação para 2025 e 2026 é de 3%, mas as previsões do mercado indicam que o índice pode ficar acima desse patamar nos próximos anos. Desde a última reunião do Copom, realizada em janeiro, os dados econômicos indicaram uma desaceleração mais forte do que o previsto. O PIB do último trimestre de 2024 cresceu abaixo das expectativas, e os principais indicadores econômicos de janeiro mostraram um desempenho fraco. Paralelamente, a inflação acumulada em 12 meses subiu de 4,56% em janeiro para 5,06% em fevereiro, reforçando a necessidade de uma política monetária mais restritiva.
