Na última terça-feira (8), o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), prorrogou por mais 60 dias o inquérito que investiga o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP). A decisão atende a um pedido da Polícia Federal, que alegou a necessidade de concluir diligências pendentes para esclarecer as suspeitas contra o parlamentar. O inquérito, aberto em maio a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), apura se Eduardo Bolsonaro atuou para obter sanções de autoridades norte-americanas contra ministros do STF e se tentou interferir nas investigações sobre a trama golpista e os ataques de 8 de janeiro. O deputado, que está licenciado do cargo e reside nos Estados Unidos desde o início do ano, é investigado por crimes como coação no curso do processo, obstrução de investigação e abolição violenta do Estado Democrático de Direito.
A investigação teve como base declarações e vídeos publicados por Eduardo Bolsonaro em suas redes sociais, nos quais ele pedia sanções contra ministros do STF e comparava a atuação da Corte e da Polícia Federal a uma tentativa de “incriminar a família Bolsonaro”.
Entre as diligências que a Polícia Federal ainda precisa realizar estão a análise de comunicações e a coleta de provas sobre as supostas articulações do deputado com autoridades estrangeiras. Com a prorrogação, a PF terá mais dois meses para finalizar a investigação e apresentar seu relatório ao STF.
FONTE/JPNEWS